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Criar experiências digitais acessíveis

Agosto 26, 2021

Homepage do website da Xperienz desfocada

Não, não adicionámos acidentalmente uma imagem desfocada a este artigo. Isto é um exemplo de como será o nosso site para alguém com baixa visão.

Citação “Promover o acesso às pessoas com deficiência a novas tecnologias e sistemas de informação e comunicação, incluindo a Internet.” - Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência das Nações Unidas

A Organização Mundial de Saúde estima que cerca de 285 milhões de pessoas em todo o mundo são deficientes visuais. 39 milhões são cegos e 246 milhões têm baixa visão. Se uma pessoa com deficiência visual decidir visitar o nosso website, ou qualquer outro website, deve ser capaz de perceber, compreender, navegar e interagir com ele. Têm o direito a isso, tal como alguém que veja tudo nitidamente. 

Para pessoas com deficiências visuais ou qualquer outro tipo de deficiência - perda auditiva, dificuldades de aprendizagem, mudez, controlo motor fino limitado, etc. - serem capazes de aceder a websites e ferramentas web sem grandes problemas, estes precisam de ser desenhados e programados adequadamente. O problema é que nem sempre é esse o caso. Muitos websites e ferramentas web são construídos com barreiras de acessibilidade que os tornam muito difíceis ou até impossíveis de serem usados por algumas pessoas.

A acessibilidade é de grande importância para as organizações que oferecem produtos e ferramentas web. Os problemas de acessibilidade podem afectar não só a usabilidade de um website para pessoas que tenham deficiências mas também para aquelas que não têm. Ao oferecer produtos acessíveis, as organizações mostram que são inclusivas, alcançam um mercado mais alargado, estão em conformidade com a legislação e oferecem uma melhor experiência. Para todos. 

O que é a acessibilidade da web? 

A acessibilidade da web refere-se à criação de websites, apps e ferramentas web que podem ser utilizados por toda a gente, independentemente da sua habilidade. É permitir que toda a gente, incluindo pessoas com deficiências, perceba, compreenda, navegue e interaja com a internet. 

A acessibilidade melhora a usabilidade para todos - Apesar da acessibilidade se focar, numa primeira fase, nos utilizadores com deficiência, pode de facto melhorar a experiência para toda a gente. Imagine que está num ambiente ruidoso e é incapaz de ouvir áudio. Ter a opção de activar as legendas do vídeo que está a ver permitirá que perceba o que está a ser dito. Talvez esteja ao ar livre, com forte luz solar, e não consiga ver o ecrã. Se o website tiver contraste suficiente, terá maior probabilidade de ver a informação apresentada. 

Deficiências e barreiras de acessibilidade da web

De acordo com o relatório mundial sobre as deficiências de 2011, da Organização Mundial de Saúde, 1 bilião da população mundial vive com algum tipo de deficiência. 

Mesmo que não seja parte desse bilião, pode eventualmente experienciar uma deficiência temporária devido a um acidente, cirurgia ou medicação. 

Tipos de deficiência

Existem muitas razões pelas quais as pessoas podem experienciar um certo grau de deficiência - pode ser de nascença, doença, acidente ou podem desenvolver deficiências com a idade.

Podemos distingir cinco tipos de deficiência que podem ter impacto na forma como as pessoas utilizam a web:

  • Visual - Cegueira, baixa visão, daltonismo, maior sensibilidade a cores brilhantes. As pessoas com deficiências visuais têm problemas no acesso à informação quando o texto, imagens e layouts de página não podem ser redimensionados, quando o conteúdo de vídeo não tem alternativas de texto ou áudio, ou quando o texto e as imagens têm contraste insuficiente entre as combinações de cor do primeiro plano e do plano de fundo;
  • Auditiva - Perda auditiva leve ou moderada num ou nos dois ouvidos e surdez. As pessoas com deficiência auditiva têm problemas no que respeita ao conteúdo áudio, portanto necessitam de alternativas, como transcrições ou legendas.
  • Cognitiva, de Aprendizagem e Neurológica - Doenças neurológicas, bem como doenças comportamentais e mentais (ex. Epilepsia, Alzheimer, esclerose múltipla, Parkinson, transtornos do espectro do Autismo, dislexia, discografia, défice de atenção, deficiências de memória). Afectam a forma como as pessoas processam e compreendem a informação.
  • Física - Fraquezas e limitações de controlo muscular, limitações sensoriais, doenças das articulações, dor que impede o movimento e falta de membros. As pessoas com deficiência física podem ter problemas em clicar em pequenas áreas e são mais propensas a fazer erros ao digitar ou clicar. Utilizam frequentemente hardware e software como teclados ou ratos ergonómicos ou especialmente desenhados, ponteiros de cabeça, ponteiros de boca, etc.
  • Fala - Mudez, deficiência e/ou dificuldade em ser compreendido (ex. gaguez, disartria, taquifemia, apraxia da fala, distúrbio do som da fala). As pessoas com deficiência da fala encontram barreiras com serviços baseados na voz, pois o volume ou clareza do seu discurso pode tornar difícil o reconhecimento de voz. 

Tabela com a informação sobre deficiências e barreiras mencionada em cima

Fonte: https://www.w3.org/WAI/people-use-web/abilities-barriers/

Ir além da acessibilidade da web

As pessoas com deficiência não utilizam apenas o seu computador para aceder ao conteúdo, usam também os seus smartphones, tablets e outros dispositivos - smart TVs, wearables (smart watches), dispositivos em painéis dos carros e na traseira dos assentos de aviões, dispositivos em electrodomésticos e tecnologia de smart home. 

Todos estes dispositivos significam um novo conjunto de problemas de acessibilidade para resolver - ecrãs tácteis, ecrãs com tamanho pequeno, diferentes modalidade de input (voz, por exemplo), utilização em ambientes diferentes (como sob a luz do sol). 

Ao desenvolver uma aplicação móvel tendo em conta a acessibilidade, as marcas estão a permitir que as pessoas com deficiência possam aceder ao mundo móvel. Alargam também o âmbito da marca e garantem que alcança o maior público possível. 

Algumas formas de construir aplicações móveis acessíveis

Ilustração de um smartphone, uma mão com o dedo indicador a apontar, um olho e uma orelha

  • Desenhar para vários tamanhos de ecrã - os ecrãs mais pequenos limitam a quantidade de informação que as pessoas podem ver ao mesmo tempo, particularmente quando utilizadores com deficiência visual precisam de fazer zoom ao conteúdo. 
  • Os alvos de toque têm de ser grandes o suficiente para as pessoas interagirem com precisão. Alvos de toque mais pequenos devem estar rodeados de espaços inactivos para evitar acções não intencionais. 
  • Os botões devem ser colocados em locais fácil de aceder.
  • Os gestos do dispositivo devem ser mantidos simples para que sejam fáceis de executar (toque com um dedo, por exemplo). Gestos mais complexos, envolvendo vários dedos e o desenho de formas, serão mais difíceis para pessoas com deficiências motoras ou de destreza. 
  • Se os utilizadores fazem uma acção não intencional, como clicar em algo por acidente, devem conseguir voltar atrás facilmente e corrigir o erro. 
  • Oferecer as opções para ajustar o tamanho do texto, brilho e cor nas definições da app. 
  • A introdução de dados utilizando o teclado do ecrã, um teclado bluetooth ou voz, pode ser difícil para alguns utilizadores. O ideal é reduzir a quantidade de introdução de dados necessária, providenciando menus de selecção, botões de opção ou caixas de selecção. Dar alternativas como o auto-preenchimento com informação conhecida, a partilha de dados entre apps e o ditado irá prevenir erros e melhorar a experiência. 
  • Garantir que a app funciona bem com as ferramentas de acessibilidade integradas (o Google Voice Assistance em Android e o VoiceOver em iOS, por exemplo).

Por que devem as organizações preocupar-se em criar produtos e serviços acessíveis? 

A acessibilidade é de grande importância para as organizações que querem criar experiências digitais de grande qualidade e não excluir ninguém de usar os seus produtos ou serviços. 

Principais benefícios:
  • Maximizar o público-alvo: Se pensarmos que 15% da população mundial tem algum tipo de deficiência, isso equivale de facto a milhões de pessoas com milhões de poder de compra. Torna-se clara que tornar os websites das organizações acessíveis tem benefícios para o negócio.
  • Possivelmente diferenciar-se da concorrência: Se as pessoas com deficiência não podem usar o website de uma organização irão facilmente mudar para um concorrente que ofereça um produto ou serviço similar.
  • Evitar discriminação: Ao criar websites e ferramentas acessíveis e de alta qualidade, as organizações não estão a excluir as pessoas de usar os seus produtos ou serviços. 
  • Conformidade legal: Em muitos países ter um website acessível é obrigatório por lei. 
    • Os membros da União Europeia tinham as suas próprias leis de acessibilidade, então a UE estabeleceu a Lei Europeia da Acessibilidade, que visa melhorar o funcionamento do mercado interno de produtos e serviços acessíveis, removendo barreiras criadas por regras divergentes dos estados membros. Para complementar, a UE aplicou a Directiva de Acessibilidade Web que proporciona às pessoas com deficiência melhor acesso a websites e apps móveis de serviços públicos. Os países da UE têm até 2022 para aplicar esta directiva, incorporando-a na sua legislação nacional. 
    • Section 508 do Rehabilitation Act de 1973 requere que as agências federais nos Estados Unidos garantam que a sua tecnologia electrónica e da informação é acessível.
    • No Reino Unido, o Equality Act 2010 define que os fornecedores de bens e serviços (tanto do sector público como privado) têm a obrigação legal de não discriminar pessoas com base num número de características protegidas, incluindo deficiência. Se o website de uma organização não é acessível, esta pode ser processada por discriminação. 
  • Criar uma imagem pública positiva: As organizações provam o seu empenho em quebrar barreiras e em criar uma web que é acessível a todos. 
  • Poupar tempo e dinheiro quando a acessibilidade é considerada logo desde início: Construir produtos acessíveis desde o primeiro dia irá tornar possível identificar possíveis problemas e corrigi-los quando ainda são fáceis de corrigir. Irá evitar um grande redesign depois do lançamento do produto. 
  • Aumentar o SEO: Os motores de busca dependem da estrutura do conteúdo, da semântica e da funcionalidade para apresentar conteúdo aos utilizadores e determinar a sua relevância. Os websites acessíveis podem ter melhores resultados de pesquisa. 
  • Melhorar a usabilidade e a satisfação do utilizador: Os websites acessíveis irão providenciar uma melhor experiência aos utilizadores tanto com e sem deficiência e, em última análise, aumentar a sua satisfação. Utilizadores satisfeitos muito provavelmente irão continuar a visitar o website, a comprar e a recomendá-lo aos seus amigos.

Como podemos avaliar a acessibilidade?

Ao desenvolver ou redesenhar um website, é melhor avaliar a sua acessibilidade de início e inclui-la durante o processo de desenvolvimento, para que quaisquer problemas de acessibilidade sejam identificados cedo, quando são mais fáceis de resolver. 

Revisão de Standards

Para avaliar problemas de acessibilidade e melhorar a acessibilidade da web, o World Wide Web Consortium (W3C) definiu um conjunto de directrizes - as Web Content Accessibility Guidelines (WCAG). As directrizes e critérios de sucesso estão organizados em 4 princípios:

  • Perceptível: A informação não pode ser invisível aos sentidos dos utilizadores (visão, audição, tacto). Os utilizadores devem ser capazes de perceber toda a informação apresentada.
  • Operável: Os utilizadores devem ser capazes de operar a interface. Por exemplo, assegurando uma boa navegação apenas por teclado será mais fácil para as pessoas com dificuldades motores navegar na web.
  • Compreensível: Os utilizadores devem ser capazes de compreender o conteúdo e operação da interface. Os termos devem ser claros, as instruções simples e as questões complexas explicadas.
  • Robusto: O conteúdo deve ser correctamente interpretado por uma vasta variedade de agentes do utilizador, incluindo tecnologias assistivas, como leitores de ecrã.

Estas directrizes estão organizadas em três níveis de conformidade. Todos têm uma série de critérios que devem ser cumpridos para se poder considerar um website acessível para todos os utilizadores, cobrindo aspectos como a navegação do website, texto, vídeos, inputs e outros.

  • Nível A: Os requisitos mais básicos de acessibilidade. Os websites que não atingem este nível são impossíveis ou muito difíceis de navegar para pessoas com necessidades especiais.
  • Nível AA: Estes requisitos incluem as maiores e mais comuns barreiras para utilizadores com necessidades especiais. Se um website atinge este nível, então é utilizável e compreensível para a maioria das pessoas com ou sem necessidades especiais. É o nível mais usado no mundo no que se refere a regras e regulações de acessibilidade.
  • Nível AAA: O nível mais alto e mais complexo de acessibilidade. Se um website atinge este nível significa que é acessível para o máximo número de utilizadores e a experiência de navegação é fácil.

As directrizes WCAG são aceites e adoptadas universalmente. Em alguns países e jurisdições existem mesmo razões legais para a sua implementação. A União Europeia exige que os websites e as aplicações móveis do sector público estejam em conformidade com o nível AA. No Reino Unido, se o website de uma organização não é acessível, esta pode ser processada por discriminação.

Ferramentas de Avaliação de Acessibilidade

Ferramentas de software podem identificar problemas de acessibilidade e aumentar a eficiência de avaliação, poupando tempo e esforço. Contudo, sozinhas não podem determinar se um produto cumpre os requisitos e é acessível.

Avaliação Heurística

Identificar os problemas de usabilidade numa interface de acordo com uma lista pré-estabelecida de regras, as heurísticas, para possam ser retificados como parte de um processo de design iterativo.

Design Walkthroughs

Encontrar potenciais problemas de usabilidade e acessibilidade através da visualização da rota do utilizador por um conceito inicial ou um protótipo. Uma walkthrough pode ser realizada utilizando personas com necessidades especiais e cenários que incluem estratégias adaptáveis para completar tarefas.

Técnicas de Triagem 

Actividades que ajudam a identificar potenciais barreiras de acessibilidade no design de um produto. Involve a interacção com um produto com uma ou mais capacidades físicas ou sensoriais eliminadas ou modificadas.

Testes de Usabilidade
Um homem a utilizar um leitor de ecrã

Fotografia de Sigmund no Unsplash

Avaliar alguns aspectos de acessibilidade usando protocolos de testes de usabilidade padrão com algumas modificações de forma a incluir participantes com necessidades especiais e usando tecnologias assistivas (por exemplo, aparelhos auditivos, leitores de ecrã, programas de reconhecimento de voz) ou quaisquer periféricos de entrada ou de saída (por exemplo, teclado, rato, monitor, auscultadores) que as pessoas utilizem no seu dia-a-dia.

Melhores práticas para websites acessíveis

1. Providenciar contraste suficiente e não depender da cor para comunicar informação

As pessoas com deficiência visual podem achar difícil ler texto sem contraste suficiente contra o fundo. O texto e as imagens de texto devem ter um rácio de contraste de pelo menos 4.5:1 (WCAG 1.4.3 Contrast).

Duas frases "Este texto está bem" em preto e "Este texto não" em cinzento claro contra um fundo verde claro. A primeira frase passa na ferramenta de verificação de contraste, a segunda não.

Ao usar uma ferramenta de verificação de contraste, podemos ver que o texto da esquerda passa e o da direita não

Ainda relacionado com a cor, esta não pode ser usada com o único meio de transmitir informação. O design que depende somente da cor limita a utilização a utilizadores daltónicos que não são capazes de distinguir diferenças de cor. 

2. Fornecer uma alternativa em texto para conteúdo não-textual

Captura de ecrã do website da Amazon com uma imagem que diz "We ship over 45 million products around the world" e uma captura de ecrã do alt text da imagem que diz o mesmo texto.

Exemplo de alt text do website da Amazon

Como vemos aqui, a Amazon está a usar uma imagem para informar as pessoas que enviam mais de 45 milhões de produtos em todo o mundo. No markup HTML, podemos ver que o alt text da imagem diz exactamente a informação que a imagem transmite. Desta forma, as pessoas com deficiência visual que utilizam leitores de ecrã irão ouvir o conteúdo em vez da imagem. 

Captura de ecrã do website All Recipes que mostra uma imagem e uma captura de ecrã do alt text que descreve essa imagem.

Exemplo de alt text do site All Recipes

Quando um leitor de ecrã lê a imagem acima irá dizer “imagem” e depois o texto alternativo (“alt”) “um frasco de molho de esparguete com tomates frescos e alho ao lado”. Se a imagem não tivesse nenhum alt text, o leitor de ecrã iria simplesmente saltá-la. O alt text irá também aparecer se uma imagem numa página web não carregar no ecrã de um utilizador. Em vez de ver um ícone de link partido, irão ver o alt text e saber o que a imagem era suposto transmitir. Dá também aos motores de busca melhores informações para classificar um website e a possibilidade de o classificar mais alto. 

3. Rotular os formulários correctamente e fornecer feedback para erros

Os leitores de ecrã não conseguem ler campos de formulário se não estiverem rotulados correctamente. Podem também perder palavras que estejam dentro do campo de formulário.

Um mau exemplo de um formulário do website do Ali Express e um bom exemplo de um formulário do website do Zoom.

Exemplos de campos de formulário do AliExpress e do Zoom

No formulário de Sign In do AliExpress, ambos os campos de formulário não têm rótulo, apenas texto dentro do campo. Para não falar de outro problema de acessibilidade - a cor do texto dentro do campo não tem claramente o rácio de contraste necessário.

No exemplo do Zoom podemos ver que os campos de formulário têm tanto rótulos fora, como dentro (apesar de neste caso ser um pouco redundante). 

Já que estamos no assunto dos formulários, devemos falar também de feedback de erros. Torna-se muito frustrante quando supostamente fizemos um erro e não sabemos o que se passou. Devia ser fácil para os utilizadores corrigirem facilmente os seus erros. As pistas e instruções devem ser persistentes e colocadas fora do campo de formulário. 

O NN Group tem um artigo completo sobre como o texto dentro de campos de formulário é prejudicial. Vale a pena consultar!

4. Assegurar acessibilidade do teclado

Alguém com algum tipo de deficiência física que o impede de usar o rato precisa de uma alternativa para navegar num website, que geralmente é a navegação pelo teclado. 

Utilizando a tecla tab do teclado e outras teclas, os utilizadores devem rapidamente aceder e mover-se entre links, botões, formulários e outros controlos. 

Um GIF a mostrar como funciona a utilização do botão tab para navegar no website do Airbnb

Utilização do botão de tab para navegar pelo website do Airbnb

5. Fazer a navegação consistente

A barra de navegação de um website deve ser fácil de usar e fixa no topo de todas as páginas do website. Deve incluir uma lista de items com links para as secções principais do site. Os utilizadores devem ser capazes de localizar rapidamente a função de pesquisa. O website deve também incluir um link de “saltar navegação” como primeiro link em todas as páginas. Isto permite aos utilizadores saltar a navegação e começar a interagir com o conteúdo principal da página. 

Captura de ecrã do link "Saltar para o conteúdo" no site do Airbnb

Link “Saltar para o conteúdo” do website do Airbnb

6. Fornecer legendas e transcrições para vídeos e podcasts
Captura de ecrã do website do UX Podcast que mostra a transcrição que fornecem para os seus episódios.

O UX Podcast fornece transcrições dos seus episódios

Os vídeos nos websites devem providenciar uma descrição áudio para que as pessoas cegas, e outras que não conseguem ver os vídeos adequadamente, obtenham a informação visual necessária para compreender o conteúdo. Podem ser coisas como tabelas, gráficos e texto (nomes de oradores, títulos, endereços de e-mail). 

Os vídeos devem também incluir legendas para que as pessoas surdas e com dificuldades auditivas possam ter uma versão em texto das informações de áudio faladas e não-faladas de que precisam para compreender o conteúdo. 

Podcasts, por exemplo, devem incluir transcrições. Uma versão em texto das informações de áudio faladas e não-faladas que permite que pessoas com deficiência auditiva entendam o conteúdo.

A internet tem-se tornado cada vez mais um recurso crucial em muitos aspectos da nossa vida, seja na educação, governo, saúde, comércio, etc. Precisa de ser acessível para que toda a gente tenha igual acesso e oportunidades, independentemente das suas habilidades. 

O design acessível não só irá possibilitar que as pessoas com deficiência utilizem um website ou app, irá também melhorar a experiência e satisfação de todos os utilizadores. 

Além disso, a acessibilidade tem os seus benefícios para o negócio. Irá realçar a marca, impulsionar a inovação e ampliar o alcance de mercado. 

 

Quer oferecer um serviço acessível a todos?

A Xperienz pode ajudá-lo a avaliar se todos os utilizadores conseguem navegar e completar as tarefas necessárias no seu website, aplicação os ferramenta digital.

Quer seja confirmar a conformidade com as directrizes WCAG, realizar uma avaliação heurística ou conduzir testes de usabilidade, asseguraremos que a sua organização beneficia com o desenvolvimento de um website fácil de usar por todos os utilizadores.

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